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Por Trás dos Olhos

Sinopse: Antônio ganha a vida trabalhando como faxineiro e complementa sua renda como fotógrafo. Sozinho em seu pequeno apartamento, ele alimenta diariamente sua obsessão por fotografar desconhecidos que transitam pela rua em frente à sua janela, imprimindo as fotografias e depois reproduzindo-as em desenhos. Certa manhã, a caminho do trabalho, ele avista um garoto que o intriga, acabando por revelar um segredo por trás de seus olhos.

Sobre o filme

Sobre o filme

O filme retrata a vida de um homem que cresceu em situação de rua, abandonado pelos pais, de quem não possui qualquer recordação a não ser uma antiga fotografia. Antônio, o protagonista, aos seus 35 anos, apesar de aparentemente ter uma rotina normal, carrega consigo as profundas e doloridas marcas do abandono, que são mostradas sutilmente durante o decorrer das cenas.

O protagonista trabalha como faxineiro e complementa sua renda trabalhando como fotógrafo. Seu interesse pela fotografia está diretamente ligado à sua infância passada nas ruas, quando sua única companhia era a foto que restara do que um dia havia sido sua família. Antônio tem recorrentes visões de um garoto, que parece sempre o observar, e começa a alucinar ao olhar nos olhos das pessoas, crendo que tais alucinações sejam flashbacks de suas respectivas vidas. Essa interrupção do fluxo narrativo cronológico é mais um indício de quanto Antônio ainda vive preso ao passado, carregado de traumas e tormentos vividos em sua infância. O ápice de suas alucinações se dá quando ele avista um gato e pensa conseguir ver as ações passadas do animal. O gato aparece como símbolo da precária relação do homem com seu próprio mistério, com sua própria perturbação mental.

Apesar de relativamente bem-sucedido em sua vida exterior – deixou as ruas, mora de aluguel num pequeno apartamento, consegue prover seu sustento e até mesmo economizar para investir em equipamento de fotografia –, Antônio possui severos danos psicológicos e transtornos sociais e emocionais por ter crescido em situação de vulnerabilidade. Solitário durante toda a vida, o protagonista é soturno e introspectivo, totalmente ensimesmado, não tendo qualquer tipo de vínculo ou relação com quem o rodeia. Seu maior contato com o mundo externo se dá por meio da fotografia, não só no âmbito profissional, mas também por seu hábito de fotografar aleatoriamente pessoas que passam debaixo de sua janela, depois desenhando-as em outros contextos, como a criar pequenas narrativas e conjecturas sobre cada uma delas.

Antônio não é dono de seus dias. Vive em uma atmosfera onírica, oscilando entre irreal e imaginário, entre loucura e realidade. De certa forma, porém, ele tem certa consciência disso, o que pode ser notado quando, em uma das ocasiões em que está sentado à mesa, desenhando, ele tem um repentino surto. Por um instante, Antônio tem um lapso de consciência e autopercepção, então começa a chorar e lança tudo ao chão, seus delírios e desatinos caindo por terra. Exausto, ele adormece e, no dia seguinte, ao acordar, Antônio evita se olhar no espelho, recusando a encarar, a ter que lidar com o que se passa dentro de si. Ele então retoma sua costumeira rotina – trabalho, fotografias, desenhos. Isso, entretanto, não se mantém por muito tempo. A inevitabilidade de se colocar diante de si é urgente, e o protagonista se vê confrontado consigo mesmo, com seu passado, ao descobrir o que garoto de suas alucinações não é nada menos do que um fantasma de si próprio.

Sobre a equipe

Equipe

Gabriel Saadeh

Direção e roteiro

Pedro Musatti

Assistente de Direção

Bruna Gusmão

Direção de arte

Matheus Magno Padialli

Cenógrafo

Bruno Rahmi

Leonardo Sanches

Figurinista

Jonas Capella

Direção de Produção

Bruno Rahmi

Som

Trailer

© 2023 por Aulas de Tênis com a Karen. Orgulhosamente criado com Wix.com

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